terça-feira, outubro 31, 2006
No Blog do Garambone ele descreveu cada time de futebol e fez certos "rotulos" sobre os torcedores. Alguns gostaram e outros não. Coloquei aqui os melhores!
FLAMENGUISTA – O nativo deste time tem o rei na barriga. Fenômeno típico dos torcedores que já presenciaram esquadrões fantásticos vestindo o uniforme do clube. Carregam certa nostalgia desta época. O Flamenguista possui argumentos velhos, porém eficientes, para ganhar discussões. No Rio, basta falar “campeão do mundo”, no Brasil, basta falar “todo mundo tenta, mas só o Mengão é penta”. É um empolgado de primeira hora. Mesmo na fase ruim, duas boas vitórias bastam para bradar “rumo a Tóquio”. É o time mais popular do país. É o torcedor mais democrático do país também. Gostam também de dizer que todos nascem Flamengo, e alguns degeneram. Nutrem a verdade absoluta que a massa, muitas vezes, é mais importante que o time. E são seguidores de um caso raro de experiência genética. O Flamengo, para ser Flamengo, precisa ser raça e talento. E uma coisa não exclui a outra. Veste com orgulho a camisa rubro-negra, na vitória ou na derrota. E não são monoteístas. Para eles, Zico também é Deus.
SANTISTA – Atualmente passam por problemas psicológicos sérios. Acostumaram-se a ser tratados com simpatia e nostalgia. Eram quase sinônimo de futebol brasileiro por causa da era Pelé. Mas sofriam, amargurados, a gozação dos rivais de que aquilo foi um ocaso e que o Santos não era grande como o trio da capital. Eis que o novo século traz de novo o Santos vitorioso. E a reação foi controversa. Em vez de se inserirem novamente no panteão dos vencedores, resolveram interiorizar a mágoa e ficaram reclusos, bravos, sentindo-se injustiçados. Mas o santista, em sua essência, é um amante do futebol mágico. Não há cromoterapeuta que consiga explicar porque o branco da camisa do Santos é único, diferente, ímpar. O santista é universal. Em todo lugar tem um. Nem que seja um. É uma torcida parnasiana, que enxerga poesia em tudo e esfregou na cara do país que só mesmo no time de Pelé para surgir um Robinho.
GREMISTA – É o time sulista por excelência. Não consegue imaginar conquistas fáceis. Orgulha-se dos seus volantes mais do que seus artilheiros. Apropriou-se de certos adjetivos que só podem existir no time do Grêmio. Guerreiro, raçudo, copeiro, vibrante são alguns deles. A estrofe do hino, “até a pé nós iremos”, potencializou este sentimento quase nacionalista. Em sua origem, era time de elite, mais ligado à colonização européia. Atualmente, trocou a Alemanha pela Argentina e desde o início do século adotou a forma portenha de torcer e cantar. Com isso, se sente ainda mais diferente do resto do país. Tem uma birra ferrenha com o eixo Rio-São Paulo e a “imprensa do centro do país”. Mas possui adeptos em todo o território nacional desde que desbravou conquistas maravilhosas como as Libertadores e o Mundial. Acha que o Internacional é coisa de pobre. E exportou para o mundo, com Felipão e, em menor escala, Renato Gaúcho, o jeito gremista de ser. Há que endurecer, mas sem perder a ternura jamais. Só o Grêmio podia ter vencido a Batalha dos Aflitos contra o Náutico. Só o gremista conhece a dimensão e a importância histórica do feito que levou o time novamente à série A.
CRUZEIRENSE – Apesar do futebol, hoje, ser esporte de massa, diluído em todas as classes sociais, o Cruzeiro pertence àquela estirpe dos outrora times de elite. Acham o atleticano sem requinte, consideram o campeonato mineiro algo menor e nutrem uma aura internacional por causa das conquistas extra-Minas. Aliás, antes mesmo do São Paulo adotar esta internacionalização, o Cruzeiro já se sentia o mais globalizado dos brasileiros. Consideram-se vitrine perfeita para futuros craques, vide Ronaldinho e Fred. Mas são muito seletos. Se o time está mal, não lotam o Mineirão apoiando. E se está bem, pensam duas vezes antes de abandonar a TV a cabo. Os mais antigos creditam à Tostão, Dirceu Lopes e Palhinha o amor pelo futebol refinado. Os mais novos acreditam que foi em Belô que Luxemburgo realmente mostrou seu valor. Para terminar, dizem-se pioneiros nos centros de treinamento de grande excelência. Não à toa a Seleção cansou de se concentrar na Toca da Raposa antes da Granja Comary.
FLAMENGUISTA – O nativo deste time tem o rei na barriga. Fenômeno típico dos torcedores que já presenciaram esquadrões fantásticos vestindo o uniforme do clube. Carregam certa nostalgia desta época. O Flamenguista possui argumentos velhos, porém eficientes, para ganhar discussões. No Rio, basta falar “campeão do mundo”, no Brasil, basta falar “todo mundo tenta, mas só o Mengão é penta”. É um empolgado de primeira hora. Mesmo na fase ruim, duas boas vitórias bastam para bradar “rumo a Tóquio”. É o time mais popular do país. É o torcedor mais democrático do país também. Gostam também de dizer que todos nascem Flamengo, e alguns degeneram. Nutrem a verdade absoluta que a massa, muitas vezes, é mais importante que o time. E são seguidores de um caso raro de experiência genética. O Flamengo, para ser Flamengo, precisa ser raça e talento. E uma coisa não exclui a outra. Veste com orgulho a camisa rubro-negra, na vitória ou na derrota. E não são monoteístas. Para eles, Zico também é Deus.
SANTISTA – Atualmente passam por problemas psicológicos sérios. Acostumaram-se a ser tratados com simpatia e nostalgia. Eram quase sinônimo de futebol brasileiro por causa da era Pelé. Mas sofriam, amargurados, a gozação dos rivais de que aquilo foi um ocaso e que o Santos não era grande como o trio da capital. Eis que o novo século traz de novo o Santos vitorioso. E a reação foi controversa. Em vez de se inserirem novamente no panteão dos vencedores, resolveram interiorizar a mágoa e ficaram reclusos, bravos, sentindo-se injustiçados. Mas o santista, em sua essência, é um amante do futebol mágico. Não há cromoterapeuta que consiga explicar porque o branco da camisa do Santos é único, diferente, ímpar. O santista é universal. Em todo lugar tem um. Nem que seja um. É uma torcida parnasiana, que enxerga poesia em tudo e esfregou na cara do país que só mesmo no time de Pelé para surgir um Robinho.
GREMISTA – É o time sulista por excelência. Não consegue imaginar conquistas fáceis. Orgulha-se dos seus volantes mais do que seus artilheiros. Apropriou-se de certos adjetivos que só podem existir no time do Grêmio. Guerreiro, raçudo, copeiro, vibrante são alguns deles. A estrofe do hino, “até a pé nós iremos”, potencializou este sentimento quase nacionalista. Em sua origem, era time de elite, mais ligado à colonização européia. Atualmente, trocou a Alemanha pela Argentina e desde o início do século adotou a forma portenha de torcer e cantar. Com isso, se sente ainda mais diferente do resto do país. Tem uma birra ferrenha com o eixo Rio-São Paulo e a “imprensa do centro do país”. Mas possui adeptos em todo o território nacional desde que desbravou conquistas maravilhosas como as Libertadores e o Mundial. Acha que o Internacional é coisa de pobre. E exportou para o mundo, com Felipão e, em menor escala, Renato Gaúcho, o jeito gremista de ser. Há que endurecer, mas sem perder a ternura jamais. Só o Grêmio podia ter vencido a Batalha dos Aflitos contra o Náutico. Só o gremista conhece a dimensão e a importância histórica do feito que levou o time novamente à série A.
CRUZEIRENSE – Apesar do futebol, hoje, ser esporte de massa, diluído em todas as classes sociais, o Cruzeiro pertence àquela estirpe dos outrora times de elite. Acham o atleticano sem requinte, consideram o campeonato mineiro algo menor e nutrem uma aura internacional por causa das conquistas extra-Minas. Aliás, antes mesmo do São Paulo adotar esta internacionalização, o Cruzeiro já se sentia o mais globalizado dos brasileiros. Consideram-se vitrine perfeita para futuros craques, vide Ronaldinho e Fred. Mas são muito seletos. Se o time está mal, não lotam o Mineirão apoiando. E se está bem, pensam duas vezes antes de abandonar a TV a cabo. Os mais antigos creditam à Tostão, Dirceu Lopes e Palhinha o amor pelo futebol refinado. Os mais novos acreditam que foi em Belô que Luxemburgo realmente mostrou seu valor. Para terminar, dizem-se pioneiros nos centros de treinamento de grande excelência. Não à toa a Seleção cansou de se concentrar na Toca da Raposa antes da Granja Comary.
CORINTIANO – Raça, bagunça e democracia. O corintiano é sinônimo de fanatismo popular. O cara não sabe bem a razão, mas morre de amores pelo Corinthians. A história paulistana, redesenhada pelo craque-pintor Rebolo, talvez explique isso por sociológicas raízes imigratórias, identificação geográfica ou simples paixão gratuita. O torcedor corintiano é um dos que mais acompanham o time Brasil afora. Sai de São Paulo atrás dos ídolos. E canta o tempo todo. Só vaia depois que o jogo acaba. Por que Tévez deu certo no Parque? Porque tem uma lógica própria, anárquica, mas com justiça no coração. Lembram do episódio Fininho? O jogador era perseguido e o argentino, após um gol, foi pedir aplausos para o companheiro. O Corinthians que não fala, hoje, nada tem a ver com o Corinthians que foi a comícios pedir eleições diretas para presidente. Lealdade, humildade e procedimento são o lema de uma das suas torcidas. Orgulha-se de sofrer. Orgulha-se de vencer de forma sofrida. E canta, a plenos pulmões, que, além do Corinthians ser sua vida, sua história, seu amor... ô ô ô corintiano, maloqueiro e sofredor. Com muito orgulho!
Ai meu Timao nao é mais o mesmo..snif.
bjs